sexta, 06 de junho de 2025
Dólar Comercial
R$ 5,59
PulsoMS
Tecnologia

Parlamentares do BRICS defendem maior protagonismo feminino na liderança tecnológica

Senadoras brasileiras lideram debate sobre inclusão feminina no desenvolvimento da inteligência artificial durante encontro do BRICS.

04 junho 2025 - 16h00Por Da redação

Em sua primeira reunião, as parlamentares mulheres do BRICS discutiram os desafios da inteligência artificial e a proteção dos direitos femininos.  O foco central foi a necessidade de a tecnologia ser usada para reduzir, e não aumentar, as desigualdades. A senadora Leila Barros (PDT-DF) defendeu maior participação feminina no desenvolvimento de algoritmos, argumentando que a sub-representação feminina nessa área leva a um viés nos sistemas, replicando preconceitos de gênero em vez de corrigi-los.  Ela enfatizou a importância de as mulheres não serem apenas usuárias, mas também arquitetas do processo tecnológico.

Já a senadora Tereza Cristina (PP-MS) destacou o papel crucial da tecnologia no avanço da agricultura e defendeu a liderança feminina nesse setor.  Com o Brasil se consolidando na agricultura 4.0,  Tereza Cristina argumentou que a inteligência artificial já está presente no dia a dia do campo e que as mulheres, representando mais da metade da população e um percentual significativo dos profissionais formados no país, não podem ficar à margem dessa transformação.  Ela propôs a criação de uma agenda comum entre os países do BRICS, combinando centros de pesquisa, plataformas de treinamento e fundos de apoio à digitalização.

A representante chinesa, Qian Fangli, apresentou dados mostrando a crescente participação feminina no mercado digital chinês, com milhões de mulheres empregadas em plataformas de comércio eletrônico e ocupando posições significativas no setor de tecnologia.  A representante da Índia, Shabari Byreddi, por sua vez, relatou os avanços indianos em capacitação feminina para tecnologia e o uso de IA em diversas áreas, como a previsão de desastres naturais e a redução da criminalidade.  O Irã foi o único país a enviar um representante masculino à reunião, refletindo a baixa representação feminina em seu parlamento.

Deixe seu Comentário

Leia Também