Fiems - Crédito: Rosana Siqueira e Marcelo ArmoaMato Grosso do Sul consolida-se como uma referência nacional na produção de biogás e biometano, com capacidade instalada para gerar mais de 13 milhões de metros cúbicos por dia de biogás e 7 milhões de biometano. A produção tem origem principalmente nos resíduos da agropecuária e da indústria sucroenergética, com apoio de políticas públicas que estimulam o uso de biodigestores e reduzem a carga tributária do setor.
Atualmente, o estado possui três plantas de biometano em operação e uma quarta já licenciada, com investimento de R$ 350 milhões. O Programa Leitão Vida, voltado à suinocultura, conta com 117 granjas operando com biodigestores, das quais 43 já aproveitam energeticamente os resíduos, produzindo energia suficiente para abastecer uma cidade de 11 mil habitantes por um ano.
Durante o evento “Circuito Biogás nos Estados”, promovido pela Abiogás em Campo Grande, especialistas e autoridades destacaram o potencial energético e os avanços estratégicos de Mato Grosso do Sul. O secretário Jaime Verruck ressaltou o investimento da Atvos na construção da maior usina de biometano do mundo, a partir de vinhaça, em Nova Alvorada do Sul, e a construção de novas usinas de etanol de milho.
Com produção crescente e políticas de incentivo, o Estado se projeta como líder na geração de energia limpa, exportando mais da metade da energia de biomassa gerada. Além disso, iniciativas de descarbonização como a substituição do gás natural por biometano em indústrias, como a JBS, reforçam o compromisso com a sustentabilidade.
A expectativa é de que, com infraestrutura fortalecida e regulamentação mais robusta, Mato Grosso do Sul atraia novos empreendimentos que buscam fontes renováveis, posicionando-se como polo nacional de inovação energética e desenvolvimento sustentável.
