O Progressistas (PP) lançou-se na disputa pela filiação do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), atualmente o único governador tucano no Brasil. As articulações estão sendo lideradas pela senadora Teresa Cristina (PP-MS), que obteve a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP) em Campo Grande e desempenhou papel fundamental na campanha municipal. A senadora, inclusive, intermediou o apoio de Riedel à candidatura de Adriane no segundo turno, demonstrando a boa relação entre ambos.
Além do PP, Riedel também atrai o interesse do PL (Partido Liberal) e do PSD (Partido Social Democrático). O PSD, vale ressaltar, já acolheu outros ex-tucanos e governadores, como Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
A expectativa de aliados é que a filiação ocorra ao PP ou ao PSD. O Progressistas apresenta maior base eleitoral e estrutura consolidada no estado, enquanto o PSD goza de forte projeção nacional. Riedel busca negociar o tempo a seu favor, mas definiu o final do semestre como prazo limite. A pressão de vários partidos por uma resposta definitiva é intensa, de acordo com seus aliados.
À frente do que restou do PSDB, Riedel governa um estado em que o partido detém o controle de 44 das 76 prefeituras, além de aproximadamente 200 vereadores. Apesar do cenário, Riedel confirmou presença na convenção do PSDB em 5 de junho, encontro que decidirá a fusão com o Podemos. Após essa decisão, os tucanos planejam avaliar uma possível federação com o MDB e o Republicanos.