Em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel tornou-se peça-chave na corrida política rumo a 2026. PL, PP e PSD disputaram seu apoio, enviando convites formais para o governador que, por sua vez, mantém a cautela ao afirmar não haver decisão tomada. Essa indecisão, porém, reflete a intensa pressão e os complexos músculos partidários que cercam o cenário político estadual.
Riedel enfrentou o dilema de se manter no PSDB, partido que busca fortalecer sua posição por meio de uma federação com o Podemos e os Republicanos. Sua decisão influenciará diretamente o posicionamento de Reinaldo Azambuja, ex-governador e figura influente na política sul-mato-grossense. A especulação aponta para uma possível divergência: caso Azambuja escolha o PL, Riedel poderia buscar outras alternativas para evitar uma disputa interna acirrada.
A força relativa dos partidos também entra no jogo. Apesar do interesse do presidente do PSD, Gilberto Kassab, em atrair Riedel, o partido enfrenta um desafio de crescimento diante da formação de federações mais robustas. O PP, por exemplo, espera consolidar uma forte aliança com a União Brasil, alcançando cerca de 120 parlamentares no Congresso Nacional. Essa união garante ao PP recursos financeiros consideráveis e maior tempo de exposição na propaganda eleitoral, configurando uma plataforma política estratégica para 2026.
Com a possibilidade da consolidação dessas federações, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Riedel surge como um forte candidato para as próximas eleições. Pesquisas recentes sugerem que potenciais adversários, como a senadora que apoia a Tereza Cristina (que pode Riedel), Rose Modesto (que pode concorrer à Câmara Federal) e o Capitão Contar (que visa o Senado), enfrentariam uma concorrência mais acirrada. A oposição deverá surgir, principalmente, de partidos como Novo, PSOL e PT, tradicionalmente ativos em disputas majoritárias.