A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Consórcio Guaicurus reuniu, na segunda-feira (19 de maio de 2025), a ex-diretora-presidente da Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno. O depoimento, ocorrido na Câmara Municipal, às 14h, focou em pontos cruciais sobre a gestão do transporte coletivo e o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus durante os últimos anos.
Bruno, que esteve à frente da Agetran por sete anos e quatro meses, até sua exoneração em abril de 2024, foi questionado sobre possíveis irregularidades e descumprimentos contratuais que impactam diretamente a população de Campo Grande, obrigado a arcar com tarifas elevadas por um serviço considerado deficitário. A CPI investiga os últimos cinco anos de gestão do transporte público na capital.
Na quarta-feira (21 de maio de 2025), também às 14h, o ex-diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior (gestão entre abril de 2021 e dezembro de 2024), prestará depoimento. Anteriormente, em 5 de maio, o atual chefe da Agereg, José Mário Antunes da Silva, já havia sido ouvido, admitindo que os fiscais da agência não realizavam vistorias nos bairros para avaliar o serviço do Consórcio Guaicurus.
A CPI segue com mais oitivas agendadas: em 26 de maio, será uma vez o ex-chefe da Agereg, Vinícius Leite Campos; e em 28 de maio, o diretor da Procuradoria Jurídica e presidente da Junta de Análise e Julgamentos de Recursos da Agereg, Rodrigo Koei Marques Inoye, e o Diretor de Fiscalização e Auditoria Contábil da Agereg, José Corsine da Silva, serão ouvidos.
A investigação se encontra na segunda fase, voltada para a coleta de informações técnicas e jurídicas de agentes públicos envolvidos na fiscalização e regulação do transporte. Na fase seguinte, já planejada, focaremos no Consórcio Guaicurus, com oitiva de gestores e responsáveis pelo grupo empresarial, análise de documentos, vistorias nos ônibus, verificação in loco e auditorias de tarifas.