Em entrevista à CNN, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), declarou seu objetivo de concluir a integração do estado à Rota Bioceânica antes de concorrer à reeleição em 2026. A obra, considerada uma das principais bandeiras de sua gestão, deve promover um significativo desenvolvimento econômico.
A previsão de finalização da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta para 2026, juntamente com as obras de acesso em andamento, reforça a aposta do governo estadual na logística internacional como um elemento fundamental para o crescimento do estado. A conclusão da Rota Bioceânica promete reduzir em até 14 dias o tempo de transporte de produtos sul-mato-grossenses para os portos chilenos, impulsionando a competitividade, especialmente no agronegócio, com foco nas exportações de carnes processadas para o mercado asiático.
Riedel também comemorou o reconhecimento internacional do Brasil como país livre da febre aftosa, ressaltando a importância da vigilância sanitária e a abertura de novos mercados premium para produtos agropecuários. Para ele, o estado está pronto para expandir suas exportações e intensificar a agroindustrialização, transformando matérias-primas como soja, milho, laranja e produtos florestais em itens processados com maior valor agregado, gerando mais renda para os produtores e impulsionando a economia.
Outro ponto abordado pelo governador foi a retomada da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) em Três Lagoas. Segundo Riedel, o sucesso do projeto dependerá da competitividade na oferta de gás natural, o que requer um planejamento estratégico para assegurar a viabilidade econômica da iniciativa em face à concorrência internacional, especialmente de países como a Rússia. O projeto, de grande porte, almeja gerar empregos, aumentar a produção e trazer mais competitividade ao setor.
Além da infraestrutura produtiva, o governador priorizou a ampliação das políticas sociais, incluindo a regionalização da saúde, a expansão do ensino integral e a universalização do saneamento básico até 2027 através de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Riedel criticou a falta de compensações federais após a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e defendeu uma gestão pública eficiente, sem aumento de impostos, buscando a otimização dos recursos disponíveis e a redução de desperdícios.
