Uma pesquisa da Quaest divulgada nesta segunda-feira (11) demonstra a influência da pressão pública contra a flexibilização das regras ambientais nos vetos presidenciais a um projeto de lei. O estudo revela que a ampla repercussão nas redes sociais do projeto, que enfraquecia o licenciamento ambiental, levou o presidente Lula a vetar 63 de seus 400 dispositivos. Entre os pontos vetados, destacam-se a licença simplificada para atividades de médio potencial poluidor, a manutenção do regime especial de proteção para a Mata Atlântica e a exigência de licenciamento ambiental para produtores rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR) pendente de análise. A Quaest registrou 64 mil menções ao tema entre 1º de agosto e 11 de agosto, com pico de quase 12 mil menções na sexta-feira anterior à decisão presidencial. O alcance médio diário estimado foi de 11,4 milhões de pessoas. A hashtag "PL da Devastação", utilizada pelos críticos da proposta, intensificou-se na véspera do anúncio dos vetos, somando-se à campanha "veta tudo Lula", que gerou mais de 10 mil menções na segunda-feira anterior. Contrariamente, os grupos favoráveis à flexibilização buscaram minimizar o debate ou argumentaram que as mudanças na legislação objetivavam agilizar o licenciamento e impulsionar o desenvolvimento econômico. De acordo com a pesquisa, a opinião pública demonstrou uma rejeição significativa à proposta, com 70% de menções negativas, 19% positivas e 11% neutras. |