Um estudo recente do Ministério da Saúde revelou que a infraestrutura de saúde em Mato Grosso do Sul (MS) enfrenta desafios significativos. De acordo com o levantamento, 62,7% das 606 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado necessitam de reformas urgentes. A maioria dessas UBSs (93,2%) são unidades tradicionais, com sede própria em 93% dos casos. O estado apresenta indicadores acima da média nacional em vários quesitos, como cobertura de atendimento a hipertensos (97,2%) e diabéticos (97,6%), pré-natal realizado por enfermeiros (95,9%) e testes rápidos para HIV (94,8%). Entretanto, a pesquisa também destacou pontos críticos. 15,2% das UBS sofreram danos por desastres climáticos nos últimos cinco anos, indicando vulnerabilidade a eventos naturais. Além disso, a disponibilidade de glicosímetros é limitada, com apenas 45,2% das unidades distribuindo o equipamento. Outro fator preocupante é que a maioria das unidades (67%) opera com apenas uma equipe de Saúde da Família, o que potencialmente impacta na capacidade de atendimento em áreas com maior demanda. Embora a maior parte das UBS (94,6%) tenha acesso à internet, somente 65,2% dispõem de conexão adequada para tecnologias como telessaúde. Outros equipamentos também apresentam baixa disponibilidade: apenas 6,3% possuem eletrocardiógrafos, 19% contam com desfibriladores automáticos e 59,2% dispõem de oxigênio. A pesquisa também destaca que 5,4% das unidades não têm acesso à internet. A gestão das UBS apresenta indicadores mais positivos: 97% das unidades são geridas pelas secretarias municipais de saúde, e 92,6% funcionam por pelo menos 10 turnos semanais, predominantemente em horário integral. Em resumo, o estudo demonstra a necessidade de investimentos em infraestrutura e recursos para melhorar a qualidade dos serviços de saúde em Mato Grosso do Sul, apesar dos avanços em outros indicadores.