MS registrou um notável desempenho no comércio exterior, acumulando um superávit de 347% nas exportações. De acordo com dados da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o estado exportou US$ 8,18 bilhões entre janeiro e setembro de 2025.

As importações, por sua vez, totalizaram US$ 1,83 bilhão no mesmo período, resultando em um saldo positivo de US$ 6,34 bilhões. Esse valor representa um aumento de 10,84% em relação ao superávit registrado no ano anterior.

Um fator importante a ser destacado é o crescimento das exportações em 4,5%, aliado à retração de 12,75% nas importações, o que contribuiu para o aumento do superávit. Os principais produtos exportados pelo estado foram a celulose (29,22%), soja (25,58%) e carne bovina (15,92%).

No que se refere às importações, o gás natural lidera com 33,03%, seguido pelo cobre (8,14%) e caldeiras de geradores a vapor (6,86%), utilizados em usinas sucroenergéticas. O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, ressaltou a solidez das exportações sul-mato-grossenses, impulsionadas pela celulose, soja e carne, pilares da economia do estado. A diminuição na importação de gás natural também contribuiu para o aumento do superávit. Verruck destacou que o resultado positivo já era esperado, devido aos indicadores favoráveis.

Houve uma mudança no ranking dos produtos mais exportados em relação ao ano anterior. A soja, que liderava as exportações em 2024 com 34,71%, perdeu a posição para a celulose (29,22%) em 2025, ficando em segundo lugar com 25,58%. A carne bovina aumentou sua participação, passando de 11,25% para 15,92%. Já os açúcares e melaços, assim como os farelos de soja, tiveram retração.

A redução na compra de gás natural da Bolívia impactou significativamente os números das importações. O volume de gás importado diminuiu de 2.865.750 toneladas em 2024 para 2.108.961 toneladas em 2025, representando uma redução de 33,03% no valor e 30,69% no volume.

A China continua sendo o principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, com uma pequena variação positiva de 1,73% em relação ao ano anterior. No entanto, a participação da China no total das exportações diminuiu de 47,30% para 46,11%. Os Estados Unidos se mantêm como o segundo principal parceiro comercial, porém com redução tanto no valor comprado quanto na participação geral.