Os portos da região Sul registraram um recorde histórico no primeiro quadrimestre de 2025, movimentando 39,9 milhões de toneladas de carga. Esse volume representa um crescimento expressivo de 7,35% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram movimentadas 37,2 milhões de toneladas. A marca consolida a tendência de crescimento contínuo do setor, que acumula mais de 324 milhões de toneladas movimentadas na região nos últimos 11 anos.
Situada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a região Sul desempenha papel estratégico na economia e na logística brasileiras. Os portos regionais são essenciais para o escoamento da produção agrícola e industrial, além de atuarem como importantes pontos de entrada para mercadorias importadas.
De acordo com o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, o crescimento resulta de investimentos estratégicos, gestão eficiente e da capacidade da região Sul em atender prontamente às demandas do comércio exterior. O secretário destacou o objetivo de ampliar a competitividade dos portos e assegurar a continuidade dessa expansão de forma sustentável.
Paranaguá liderou o ranking de movimentação, com 20,7 milhões de toneladas entre janeiro e abril, mais do que o dobro do segundo colocado. O porto paranaense se destaca como um dos principais corredores logísticos do país, com atuação significativa na exportação de grãos, movimentação de contêineres e importação de fertilizantes, sendo referência no escoamento de produtos como soja e farelo de soja.
Em seguida, aparecem os portos de Rio Grande (RS), com 9,1 milhões de toneladas; São Francisco do Sul (SC), com 5,7 milhões; Imbituba (SC), com 2,4 milhões; e Itajaí (SC), com 1,4 milhão, completando a lista dos maiores portos da região nesse período.
A força dos portos do Sul está intrinsecamente ligada ao agronegócio e à movimentação diversificada de cargas, impulsionando as economias local e nacional. No primeiro quadrimestre, os contêineres lideraram a movimentação, com 9,6 milhões de toneladas, um aumento considerável de 23,04%. A soja ocupou a segunda posição, com 8,8 milhões de toneladas, refletindo o bom desempenho do agronegócio. Adubos (5,4 milhões), resíduos da extração de óleo de soja (2,4 milhões) e milho (2,2 milhões) também se destacaram.
Outro setor em ascensão foi a carga geral, que totalizou 4,5 milhões de toneladas, um crescimento de 22,78% em relação ao ano anterior. Este resultado demonstra o dinamismo e a diversificação da matriz logística nacional.
Para manter o ritmo de crescimento da logística portuária, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou o segundo bloco de leilões portuários para 2025, com previsão de R$ 1,03 bilhão em investimentos. O certame, previsto para julho, após aprovação dos estudos e publicação do edital pela Antaq, abrange quatro terminais, incluindo o POA26, situado na Poligonal do Porto Organizado de Porto Alegre (RS).