Mato Grosso do Sul consolidou sua posição como o segundo estado brasileiro com maior geração de empregos e melhor distribuição de renda, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2023. O estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), analisou dados de 5.550 municípios brasileiros, representando quase toda a população nacional.
O IFDM, que avalia anualmente o desenvolvimento socioeconômico dos municípios, utiliza três pilares: Emprego e Renda, Educação e Saúde. A escala de pontuação varia de 0 a 1, com valores acima de 0,8 indicando alto desenvolvimento. No quesito Emprego e Renda, Mato Grosso do Sul se destacou pela criação de empregos formais, diversificação da economia e melhoria na distribuição de renda. O relatório aponta que 32,5% da população estadual reside em municípios com alto desenvolvimento nessa área, enquanto outros 59,5% vivem em cidades com desenvolvimento moderado, totalizando 92,1% da população em patamares positivos.
Entre os municípios sul-mato-grossenses com melhor desempenho, Campo Grande obteve a nota 0,9555, ocupando a 197ª posição no ranking nacional. Dourados (0,9725), Chapadão do Sul (0,9340), São Gabriel do Oeste (0,9451) e Três Lagoas (0,9231) seguem na lista dos melhores. Completando o top 10 do estado estão Nova Andradina, Bataguassu, Costa Rica, Paraíso das Águas e Inocência.
Para Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, esse resultado é consequência de políticas de desenvolvimento focadas em atração de investimentos, fortalecimento da agroindústria e qualificação da força de trabalho. O secretário enfatizou que o crescimento econômico está disseminado pelo estado, indicando um equilíbrio regional.
Verruck também destacou o papel fundamental dos investimentos públicos em infraestrutura, logística, inovação e capacitação profissional. O aumento no número de empregos formais, a diversificação econômica e o crescimento do PIB per capita são considerados reflexos dessa estratégia de desenvolvimento, segundo ele. A pesquisa da Firjan revela que, enquanto apenas 20,3% dos municípios brasileiros alcançam alto desenvolvimento em Emprego e Renda, Mato Grosso do Sul supera essa média com 32,5% de suas cidades nesse nível. Apesar do progresso, o secretário ressalta a necessidade de reforçar as políticas públicas direcionadas aos municípios com desempenho abaixo da média.
A dimensão Emprego e Renda do IFDM considera indicadores como taxa de formalização, absorção da mão de obra local, diversidade econômica, taxa de desligamentos voluntários, PIB per capita, participação dos salários no PIB e taxa de pobreza. Todos os dados utilizados são oficiais e atualizados anualmente, garantindo monitoramento contínuo do desenvolvimento municipal.