Segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Campo Grande ocupa a quinta posição no ranking nacional de maior custo da cesta básica entre as capitais brasileiras. O estudo, publicado em 8 de julho de 2025, indica um aumento de 0,46% no valor da cesta básica na cidade entre maio e junho do mesmo ano. Esse aumento compromete significativamente a renda da população, absorvendo 56% do salário mínimo líquido.
A pesquisa destaca que Campo Grande registrou a quarta maior alta percentual no custo da cesta básica entre as capitais, ficando atrás apenas de Porto Alegre (1,50%), Florianópolis (1,04%) e Fortaleza (0,91%). No acumulado entre dezembro de 2024 e junho de 2025, o aumento foi de 2,94%.
Em junho de 2025, o valor da cesta básica em Campo Grande atingiu R$ 793,02. Esse valor se compara a R$ 882,76 em São Paulo, R$ 867,83 em Florianópolis, R$ 843,27 no Rio de Janeiro e R$ 831,37 em Porto Alegre, demonstrando a expressiva diferença de custos entre as capitais.
O DIEESE também calcula o salário mínimo necessário para que uma família de quatro pessoas consiga arcar com despesas básicas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em junho de 2025, esse valor ideal foi estimado em R$ 7.416,07, quase cinco vezes superior ao salário mínimo vigente (R$ 1.518,00).
A análise detalhada dos itens da cesta básica em Campo Grande mostra que, em junho, farinha de trigo e banana mantiveram seus preços estáveis. No entanto, o pão francês registrou leve aumento, enquanto o leite apresentou uma alta de 0,34%. O café, por outro lado, acumulou sua sexta alta consecutiva, atingindo uma variação de 113,14% em doze meses.
Já os alimentos in natura apresentaram comportamento divergente. A batata sofreu redução de preço, enquanto o tomate registrou aumento. O feijão carioquinha também teve um aumento, mas acumulou queda de 9,71% nos últimos doze meses. O arroz agulhinha, a carne bovina e o óleo de soja também apresentaram quedas de preços no mês de junho.