O Ministério dos Transportes anunciou nesta quinta-feira (8) a assinatura do contrato de concessão da Rota da Celulose com o Consórcio K&G Rota da Celulose. O projeto prevê investimentos de R$ 10,1 bilhões em melhorias nas rodovias federais BR-262 e BR-267, e nas estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, em Mato Grosso do Sul.
A proposta vencedora, que ofereceu um desconto de 9% sobre a tarifa básica de pedágio, abrange a modernização de 870,3 quilômetros de rodovias, incluindo duplicações, construção de acostamentos e novas faixas adicionais. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, a iniciativa é crucial para o desenvolvimento da infraestrutura do país, dada a atual realidade fiscal. A iniciativa demonstra o potencial de atração de capital privado para obras de grande porte no setor de infraestrutura brasileira.
A parceria entre o Ministério dos Transportes e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul resultou em uma modelagem inovadora, unindo rodovias estaduais e federais em um único lote para tornar o projeto mais atraente. A previsão é que as obras gerem mais de 100 mil empregos e impulsionem a economia sul-mato-grossense. O governador Eduardo Riedel comemorou o investimento como um passo significativo para a reconfiguração da infraestrutura de Mato Grosso do Sul, abrangendo também ferrovias, hidrovias e aeroportos.
Um dos destaques do projeto é a construção do contorno rodoviário de Três Lagoas, que será realizada inicialmente pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão ligado ao Ministério dos Transportes, sendo posteriormente integrada ao trecho concedido. O ministro também destacou o aumento considerável dos investimentos em infraestrutura em Mato Grosso do Sul nos últimos anos, comparando os valores investidos em 2022 e 2024.
A Rota da Celulose, eixo estratégico para o escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste, em especial da indústria de celulose, atravessa importantes municípios sul-mato-grossenses. Visando o bem-estar dos caminhoneiros, o projeto inclui a construção de três Pontos de Parada e Descanso (PPDs).
O leilão contou com quatro concorrentes: o Consórcio K&G Rota da Celulose (9% de desconto), Consórcio Caminhos da Celulose (8%), Rotas do Brasil S.A (5%) e BTG Pactual (4%). A diversificação dos vencedores nos leilões recentes sinaliza, segundo o ministro, a atratividade e segurança jurídica dos contratos propostos pelo governo, estimulando um ecossistema de inovação e crescimento no setor.
Com informações da Assessoria Especial de Comunicação do Ministério dos Transportes.