Pesquisas internas do Palácio do Planalto mostram resultados positivos e inesperados na popularidade do presidente Lula. Levantamentos diários, não registrados oficialmente, indicam uma melhora na avaliação do presidente além da margem de erro, com queda significativa na taxa de reprovação. A coluna teve acesso aos gráficos que comprovam esses dados.
A melhora é atribuída à estratégia governamental, aprovada por Lula, de confrontar o discurso de "ricos contra pobres", intensificado após o Congresso rejeitar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ministros, tanto do Planalto quanto de outros órgãos, avaliam que, ao se opor ao aumento do IOF, o Centrão antecipou a campanha eleitoral, forçando o governo a um embate direto.
Com os resultados positivos das pesquisas internas, a equipe de Lula acredita que a postura adotada deve ser mantida. A mensagem sobre o combate a privilégios e a justiça tributária — a ideia de que os mais ricos devem contribuir mais — deve continuar a ser veiculada. A avaliação é que esse embate permitiu ao governo comunicar com mais eficácia suas propostas econômicas à população.
Um ministro resumiu a situação: "O Centrão queria usar o IOF e essa disputa para deixar o governo Lula um pato manco até a eleição. O que fizeram, porém, foi nos dar um presente."